Viagens com Rui Massena

Maestro

Os maestros são figuras fascinantes, quase sempre excêntricas, tocadas pelo génio.

É certamente esse o caso de Rui Massena, conhecida figura do panorama cultural nacional que ajudou a transformar Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura num estrondoso caso de sucesso. Ligado como programador a Guimarães 2012, Rui Massena deixou sementes para o futuro com a Fundação Orquestra Estúdio, uma instituição singular, que conseguiu um tremendo êxito de bilheteira e onde se combinam talentos de mais de duas dezenas de nacionalidades. E aí é possível ver marcas do génio único de Rui Massena: um maestro não se limita a dirigir as diferentes secções da orquestra, mas tem que saber harmonizar diferentes posturas, culturas, linguagens.

Essa visão tem distinguido o trabalho do maestro Rui Massena.
Fora de portas, foi maestro convidado principal da Orquestra Sinfónica de Roma, durante as temporadas 2009/2011. Pode atribuir-se-lhe também a proeza de te sido o primeiro Maestro Português a dirigir no Carnegie Hall em Nova Iorque (2007). Dois exemplos da sua capacidade de extravasar as nossas fronteiras.
Por cá, embarcou de corpo e alma na aventura Expensive Soul Symphonic Experience, um espectáculo onde uma orquestra clássica encontrou espaço ao lado do moderno hip hop dos nortenhos Expensive Soul e que rendeu um DVD de sucesso (o mais vendido em Portugal em 2012). Não faltam troféus a Rui Massena, aliás: a Academia de Artes e Ciências Brasil atribui-lhe em 2013 a Medalha de Mérito Cultural, tal como a sua cidade natal, Vila Nova de Gaia, que lhe entregou a Medalha de Ouro de Mérito Cultural e Científico. Já o festival Rose d’Or, em Berlim, em 2014, fez da sua série televisiva, “Música Maestro”, finalista na categoria de Artes, reconhecendo assim o seu enorme valor cultural.

Estes prémios e distinções reconhecem, afinal de contas, um percurso rico, de total entrega à causa da música, um percurso que o viu a abraçar grandes causas e desafios – foi Director Artístico e Maestro Titular da Orquestra Clássica da Madeira entre 2000 e 2012 – e que lhe permitiu trabalhar com nomes tão sonantes como os de Guy Braustein, José Carreras, Ute Lemper, Wim Mertens, Ivan Lins, José Cura ou Mário Laginha e Bernardo Sassetti. Agora, Rui Massena apresenta-se um outro desafio: o do piano solo. Um maestro sem orquestra, mas com um mundo de melodias e músicas na ponta dos dedos. Esse desafio rendeu um disco – Solo – que lhe revela também uma incrível faceta de compositor. Será esse o trabalho que Rui Massena levará agora aos palcos: um universo mágico de melodias profundas que contam com a sua assinatura e personalidade singular.

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