Viagens com Gonçalo Cadilhe
Escritor & Viajante
Em 2003-04 deu uma volta ao mundo sem aviões, em 2007 outra seguindo a rota de Fernão de Magalhães e, em 2008, outra ainda para seguir as suas ondas de surf de sonho.
Não sei, digo sempre quando me perguntam, como nasceu em mim o gosto pela viagem. Talvez pela infância na Figueira da Foz, uma cidade de horizontes abertos. Talvez pelos escuteiros, que deram alternativa melhor ao conforto do lar. Talvez pelo surf, que me abriu a uma nova dimensão do espaço, amniótico, infinito. Talvez pela primeira viagem, que obrigou a sonhar com a segunda. Não sei, digo sempre quando me perguntam. E acrescento: não é uma pergunta. O que merecia ser perguntado é, a quem não gosta de viajar: como é que não nasceu em si o gosto pela viagem?
Quem não gosta de viajar? Viajar é alegria, é plenitude. E como todas as coisas boas da vida, essa alegria, essa plenitude, merecem ser partilhadas. Nesse sentido, cada reportagem que assino cada livro que escrevo, cada documentário que realizo, toda a minha actividade profissional é sentida como uma partilha. Essa coerência da minha actividade profissional mantêm-se com o meu novo projecto “Viagens de Autor”, em parceria com a PLV: é também este projecto uma partilha. Mas no terreno.
Desta vez, faço-lhe o convite, a si, a ser cúmplice da viagem. Não apenas cúmplice de um itinerário, de um pasmo por um monumento ou por uma paisagem, de uma boa experiência com a gastronomia local, mas também cúmplice de uma sensibilidade de viajante-escritor, cúmplice de uma curiosidade insaciável sobre as terras e as gentes, cúmplice de uma filosofia de viagem que conjuga a vertente divertida e inconsequente de umas férias ao olhar culto e informado de uma pesquisa sobre o mundo.
A experiência e o profissionalismo da PLV garantem o conforto, a segurança, a certeza que tudo corre bem. Eu junto-lhe a minha dose de desprendimento e jovialidade para usufruirmos de um conceito de “tour” inovador e genuíno, em que o itinerário, a prospecção e o acompanhamento são meus, a organização, a logística e a comercialização da viagem ficam a cargo da PLV. Viajaremos em grupos reduzidos, de cerca de vinte pessoas. Utilizaremos, sempre que isso represente uma mais-valia para a experiência de viagem, os transportes públicos locais. Frequentaremos restaurantes de cozinha regional. Daremos espaço para a troca, o contacto, o convívio entre nós e com as populações visitadas. Evitaremos esforços inúteis ou insensatos, infra-estruturas incómodas, alojamentos abaixo do nosso padrão habitual. Iremos com espírito de adaptação — mas não precisaremos dele.
Regressaremos melhores e mais felizes do que nos sentíamos antes de partirmos.